A Marginalização do Prazer
Sexo é bom. A sentença é simples, mas o assunto AINDA é complicado.
Cada um tem seu limite, que provavelmente passará por mudanças ao longo da vida, preferências que podem soar perfeitamente normais para alguns e bizarras para outros.
O fato é que ainda há uma tendência para o julgamento pesado e violento com qualquer informação que se obtenha das particularidades da vida sexual alheia.
Fotos que vazam na internet, as coisas que eu e as meninas do Papo Calcinha falamos no programa, gays, sadomasoquistas, quem curte ménage, todos julgados, numa condenação louquíssima sem embasamento.
Há, ao mesmo tempo, a contraditória obrigação de ‘gostar de tudo’. A mulher tem que engolir porra, tem que fazer sexo anal, tem que gozar toda vez, o cara deve sempre estar de pau duro e tem a obrigação de querer qualquer mulher…
Toda essa pressão, só gera frustração, mentiras de bar ‘Comi cinco vezes’ ‘gozei dez vezes’ e uma solidão horrorosa cheia de culpa e neurose.
Digo solidão, independente de quantos parceiros sexuais você tenha. As pessoas acabam traindo a si próprias com mentiras, numa vida sexual que não condiz com seus verdadeiros desejos, sejam eles quais forem.
Por vezes, é indispensável ‘matar a família e ir ao cinema’. Seja Freudianamente, religiosamente, ou mesmo pela opinião dos outros.
O único caminho é abandonar o vício de ser ~voyeur juiz~ e voltar-se para si apaixonadamente num narcisismo sexual/amoroso muito válido.
Ser namorada(o) de si própria(o) num relacionamento aberto para intimidades com quem se possa desejar. E não esqueça de ser benevolente quando se trair. Acontece. E da camisinha.
Love,
@pietraprincipe